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GOVERNO DO PRINCIPE DO BRAZIL

O SENHOR DOM JOÃO.

CONVENÇÃO PROVISIONAL ENTRE A RAINHA A SENHORA D.
AUXILIO CONTRA A FRANÇA, ASSIGNADA EM MADRID
DE PORTUGAL EM 24 E PELA DE HES

(DO ORIGINAL QUE SE GUARDA NO

1793 Julho

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Havendo resoluto Suas Magestades Fidelissima e Ca

tholica, em consideração das actuaes circumstancias da Europa, acreditar cada vez mais a sua mutua confiança, amizade e boa correspondencia por meio de uma Convenção provisional que haja de preencher estes louvaveis fins, nomearam e auctorisaram para o dito effeito; a saber: Sua Magestade Fidelissima ao muito Illustre e muito Excellente Senhor D. Diogo de Noronha, do Conselho de Sua Magestade Fidelissima, e Seu Embaixador junto a Sua Magestade Catholica, Cavalleiro da Insigne Ordem do Tosão de Oiro, Gran-Cruz da Ordem de S. Thiago e Commendador da de Santa Eulalia na de Christo; e Sua Magestade Catholica ao muito Illustre e muito Excellente Senhor D. Manuel de Godoy Alvares de Faria, Rios, Sanchez Zarzoza, Duque de Alcudia, Grande de Hespanha de primeira classe, Regedor perpetuo da Cidade de S. Thiago, Cavalleiro da Insigne Ordem do Tosão de Oiro, Gran-Cruz da Real e distinguida Hespanhola de Carlos III, Commendador de Valença do Ventoso na de S. Thiago, Conselheiro d'Estado, Primeiro Secretario d'Estado e do Despacho, Secretario da Rainha, Superintendente Geral dos Correios e Caminhos, Gentilhomem da Camara com exercicio, Capitão General dos Reaes Exercitos, Inspector e Sargento-Mór do Real Corpo de Guardas de Corps; os quaes, depois de haver-se communicado em devida fórma os seus plenos poderes, convieram e concordaram entre si nos seguintes Artigos:

MARIA I E D. CARLOS IV REI DE HESPANHA, PARA MUTUO
A 15 DE JULHO DE 1793, E RATIFICADA POR PARTE
PANHA EM 31 DO DITO MEZ E ANNO.

REAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO.)

Habiendo resuelto Sus Majestades Católica y Fidelí

sima, en consideracion á las actuales circunstancias de Europa, acreditar cada vez mas la mútua confianza, amistad y buena correspondencia por medio de un Convenio provisional, por el cual se logren estes laudables fines, han nombrado y autorizado para este efecto; á saber: Su Majestad Católica al muy ilustre y muy excelente Señor Don Manuel de Godoy y Alvarez de Faria, Rios, Sanchez Zarzoza, Duque de la Alcúdia, Grande de España de primera clase, Regidor perpétuo de la Ciudad de Santiago, Caballero de la Insigne Orden del Toison de Oro, Gran-Cruz de la Real y distinguída Española de Carlos III, Comendador de Valencia del Ventoso en la de Santiago, Consejero de Estado, Primer Secretario de Estado y del Despacho, Secretario de la Reina, Superintendente General de Correos y Caminos, Gentil-hombre de Cámara con ejercicio, Capitan General de los Reales Ejércitos, Inspector y Sargento Mayor del Real Cuerpo de Guardias de Corps: y Su Majestad Fidelísima al muy ilustre y muy excelente Señor Don Diego de Noronha, del Consejo de Su Majestad Fidelísima y Su Embajador cerca de Su Majestad Católica, Caballero de la Insigne Órden del Toison de Oro, Gran-Cruz de la de Santiago y Comendador de Santa Eulalia en la de Cristo; los cuales, despues de haberse comunicado en debida forma sus plenos poderes, se han convenido y han acordado entre sí los Artículos siguientes:

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Julho 15

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ART. I.

Renovando, como renovam, Suas Magestades Fidelissima e Catholica os Tratados de alliança e amizade que até aqui têem subsistido e continuarão entre ambas, e achando opportuno acrescentar alguns pontos para os casos que podem occorrer na presente guerra declarada por França a Hespanha contra todos os principios de rasão e de justiça; têem determinado empregar a sua maior attenção e todos os meios que estiverem em seu poder, para restabelecer a tranquillidade publica e sustentar os seus interesses communs, para o que promettem e se obrigam de obrar e proceder perfeitamente de accordo e com a mais intima confiança para o cumprimento dos sobreditos saudaveis fins.

ART. II.

Desde logo, e em observancia dos ditos Tratados de alliança e amizade, está prompta Sua Magestade Fidelissima a concorrer para a defeza dos dominios garantidos á Hespanha, como já o offereceu assim que a França lhe declarou a guerra, e promette como Potencia auxiliar e alliada os soccorros que forem compativeis com a sua propria situação e segurança, os quaes soccorros obrarão inteiramente á disposição de Sua Magestade Catholica, assim como obrarão á disposição de Sua Magestade Fidelissima os que houver de dar-lhe Sua Magestade Catholica, achando-se em iguaes circumstancias: e no caso em que França venha a commetter hostilidades contra Portugal ou a declarar-lhe guerra, se obrigam Suas Magestades a fazer causa commum na dita guerra. As duas Altas Partes Contratantes concertarão mutuamente tudo quanto possa ser relativo aos soccorros que deverão dar-se uma á outra, como tambem o uso e emprego das suas forças para a segurança e defeza reciproca, e para bem da causa commum.

ART. III.

Em consequencia do estipulado no Artigo antecedente, e para que as embarcações portuguezas e hespanholas sejam mutuamente protegidas e auxiliadas durante a presente guerra, tanto na sua navegação como nos portos das duas Altas Partes Contratantes, têem estabelecido e convem Suas Magestades Fidelissima e Catholica em que as Suas esqua

ART. I.

Renovando, como renuevan, Sus Majestades Católica y Fidelísima los Tratados de alianza y amistad que hasta aquí han subsistido y continuarán entre ambas, Ꭹ hallando por oportuno añadir algunos puntos para los casos que puedan ocurrir en la presente guerra declarada por la Francia á la España contra todos los principios de razon y de justicia; han determinado emplear su mayor atencion y todos los medios que estuvieren en su poder, para restablecer la tranquilidad pública, y para sostener sus intereses comunes, y prometen y se obligan á obrar y proceder perfectamente de acuerdo y con la mas íntima confianza para el complemento de aquellos saludables fines.

ART. II.

Desde luego, y en observancia de dichos Tratados de alianza y amistad, está pronta Su Majestad Fidelísima á concurrir para la defensa de los dominios garantidos á la España, como ya lo ofreció así que la Francia la declaró la guerra; y promete como Potencia auxiliar y aliada los socorros que fueren compatibles con su propia situacion y seguridad, los cuales socorros obrarán enteramente á disposicion de Su Majestad Católica, así como obrarán á disposicion de Su Majestad Fidelísima los que hubiere de darla Su Majestad Católica hallándose en iguales circunstancias; y en el caso de que la Francia venga á cometer hostilidades contra Portugal ó á declararle la guerra, se obligan Sus Majestades á hacer causa comun en la dicha guerra. Las dos Altas Partes Contratantes concertarán mutúamente todo cuanto pueda ser relativo á los socorros que deberán darse la una á la otra, como tambien el uso y empleo de sus fuerzas para la seguridad y defensa recíproca, y para bien de la causa comun.

ART. III.

En consecuencia de lo estipulado en el Artículo antecedente, y para que las embarcaciones españolas y portuguesas sean mutuamente protegidas y auxiliadas durante la presente guerra, tanto en su navegacion como en los puertos de las dos Altas Partes Contratantes, han establecido y convienen Sus Majestades Católica y Fidelísima en que sus escua

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